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Após caso de raiva confirmado em gado em Araucária, órgãos emitem comunicado sobre a importância da vacinação em animais

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A Prefeitura de Araucária alerta para um caso de raiva bovina confirmada pela ADAPAR (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) no último dia 03 de outubro na área rural de Araucária, na região de Campestre. Os órgãos competentes já tomaram as devidas providências na localidade em que o animal estava. No entanto, para controle desta doença, que é altamente letal, a Prefeitura e a ADAPAR seguem o que é preconizado na legislação do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros – PNCRH do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e na legislação do Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR), do Ministério da Saúde.

Desta forma, a fim de evitar a incidência da doença em animais de produção (vacas/bois, cavalos, ovelhas, porcos, búfalos, cabras), é importante seguir as orientações fornecidas pela Secretaria Municipal de Agricultura (SMAG):

– Realizar a vacinação (vacina antirrábica dos herbívoros) de TODOS os animais de produção. A SMAG entrará em contato com os produtores e fará o fornecimento da vacina antirrábica para todos os herbívoros de um raio de 5 km da propriedade onde foi confirmado o caso de raiva em bovino (proximidades do Campestre). Recomenda-se que os demais produtores, de todas as localidades, também vacinem o seu rebanho.

– Utilizar pasta vampiricida em torno do local onde o animal foi mordido por morcego (principal transmissor da raiva);

– Notificar imediatamente a ADAPAR para coleta de material dos animais suspeitos;

– Notificar imediatamente a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) em caso de contato das pessoas com animais suspeitos ou confirmados para raiva.

Transmissão e sinais clínicos em animais de produção
É importante destacar que a raiva é uma doença causada por um vírus e que pode acometer várias espécies de animais, inclusive os seres humanos. A doença não tem cura e é fatal, somente a vacina pode evitar o seu aparecimento.

O vírus é transmitido através da mordedura, arranhadura ou lambedura de um animal infectado. Para os animais de produção (bovinos, bubalinos, equinos, muares, asininos, ovinos, caprinos e suínos), o principal transmissor da raiva, é o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus.

A manifestação da doença nos animais de produção é através de isolamento do rebanho, salivação, agressividade, andar cambaleante, queda, paralisia dos membros com movimentos de pedalagem e morte.

Animais domésticos (pequeno porte)
A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) ressalta que o Estado do Paraná apresenta uma situação epidemiológica favorável quanto a raiva transmitida por cães. O último caso registrado em cães foi em 2005. Em humanos, a doença não é diagnosticada desde 1989. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) uma região é definida como livre de raiva canina quando não há casos de raiva transmitida por cães por pelo menos 2 anos; o que é o caso do Paraná.

Ainda assim, a vacinação destes animais é a forma mais eficaz e barata de prevenção. A vacina é diferente para cães e gatos e animais de produção. Em animais de criação a vacina deve ser feita a partir de 3 meses de idade, com reforço após 1 mês e depois disso com reforço anual. Já em cães e gatos o protocolo de vacinação é a partir de 4 meses de idade com reforço anual.

Como agir caso de suspeita de raiva
Em caso de suspeita de raiva, em hipótese alguma deve-se manipular o animal, o qual deve ser isolado imediatamente. Deve ser feita a notificação à Secretaria de Saúde (em caso de morcegos, cães, gatos e animais silvestres) ou Secretaria Agricultura (em caso de animais de produção). Estas, confirmarão a suspeita e comunicarão a ADAPAR que fará a coleta do material para o exame laboratorial. Em caso positivo, as medidas cabíveis serão tomadas.

Não há tratamento para a raiva e diagnóstico só é possível após a morte do animal, com a colheita de material do Sistema Nervoso Central que é enviado ao laboratório para exame. Os morcegos suspeitos também apresentam comportamento anormal, já que naturalmente são animais com hábitos noturnos e quando estão infectados podem ser encontrados voando durante o dia ou caídos. Nestes casos, em hipótese alguma mexer ou pegar no animal.

Caso alguma pessoa entre em contato com a saliva de animais suspeitos ou positivos, deve comunicar imediatamente a SMSA que fará o protocolo adequado de vacinação às pessoas pós exposição viral.

Contatos:
ADAPAR: 3393-3675.
Secretaria Municipal de Agricultura (SMAG) – Departamento Veterinário: 3614-7531.
Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) – Vigilância Epidemiológica: 3614-7763.

Por Redação com informação/SMCS em 07 de outubro, 2023

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