O comércio do Paraná estima a criação de 5,8 mil postos de trabalho temporário para o Natal. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice é maior que o previsto em 2018, quando 5,3 mil postos foram criados. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio) também deve divulgar uma pesquisa sobre a intenção de contratações, mas no início de novembro.
Nacionalmente, a CNC estima que a oferta de vagas temporárias para o Natal de 2019 será a maior em seis anos. Segundo projeção da entidade, serão contratados 91 mil trabalhadores temporários em todo o país. O número é 4% maior do que o registrado em 2018 (87,5 mil). O Natal é a principal data comemorativa do varejo e deve movimentar R$ 35,9 bilhões em 2019.
“Contribuem para a retomada parcial do nível de atividade do setor a inflação baixa, os juros básicos no piso histórico, os prazos mais amplos para a quitação de financiamentos e, principalmente, a liberação de recursos extraordinários para o consumo, como os saques no FGTS e no PIS/Pasep”, afirma José Roberto Tadros, presidente da CNC.
Paraná
Diretor de Planejamento e Gestão da Fecomércio, Rodrigo Salem explicou à Banda B que a expectativa no estado também é positiva. “A gente tem visto uma recuperação gradativa do comércio e, em função do período do Natal, essa tendência de melhor aconteça. O retrato disso seria a geração de mais empregos temporários para atender a demanda”, explicou.
Salem também comenta que, para aqueles que estão a procura de um emprego temporário, esse é o momento de ficar em alerta. “O período de Natal começa no final de novembro, com a Black Friday e a primeira parcela do 13°, então daqui um mês, esses profissionais deverão estar exercendo suas funções. O momento de contratar é agora, então os candidatos devem ficar antenados com as oportunidades”, concluiu o diretor da Fecomércio.
Brasil
Regionalmente, São Paulo (22,6 mil), Minas Gerais (10 mil), Rio de Janeiro (9,4 mil) e Rio Grande do Sul (7,6 mil) concentrarão mais da metade (54%) da oferta de vagas.
De acordo com o estudo da CNC, os maiores volumes de contratações nacionais deverão ocorrer nos ramos de vestuário (62,5 mil vagas) e de hiper e supermercados (12,8 mil). “Entre os segmentos do varejo, as lojas de vestuário, acessórios e calçados são, historicamente, as mais afetadas positivamente pelas vendas natalinas”, lembra o economista da Confederação Fabio Bentes, que completa. “Enquanto o faturamento do varejo cresce em média 34% na passagem de novembro para dezembro, no segmento de vestuário esse percentual costuma subir 90%.”