Comandada pelo técnico argentino, José Pekerman, a seleção colombiana mudou o estilo de trabalho após conseguir a inédita classificação para quartas de final da Copa do Mundo. O time viajou nesta terça-feira para Fortaleza, onde enfrenta o Brasil na próxima sexta-feira.
O Brasil enfrenta a Colômbia na próxima sexta-feira, no Castelão, em Fortaleza, às 16h (de Manaus), pelas quartas de final da Copa do Mundo, no primeiro embate entre os dois países na história dos Mundiais da Fifa. O CRAQUE fez um levantamento histórico do confronto, que dá ampla vantagem à Seleção Brasileira de Futebol.
Em 25 oportunidades, o Brasil venceu o adversário sul-americano por 15 vezes. Além disso, são 8 empates e apenas duas históricas vitórias da Colômbia, em amistoso no ano de 1985, em Belo Horizonte-MG, e na Copa América de 1991, em Vina del Mar, no Chile. De lá para cá, o Brasil não perdeu mais.
Porém, desde 2003 não derrotamos o país que cada vez mais se apropria das qualidades técnicas da escola de futebol sul-americana, da habilidade individual dos jogadores à dinâmica de jogo ofensiva das equipes. As quatro últimas partidas entre os dois países acabaram em empate e apenas dois gols foram marcados.
Após três jogos sem gols (em 2004, 2007 e 2008), um amistoso celebrado nos Estado Unidos em 2012 terminou com um gol de cada lado, num jogo em que brilharam os dois maiores craques das duas seleções nesta Copa, Neymar e James Rodríguez. Ambos tinham então com 20 anos de idade.
Pelo Brasil, Neymar fez um golaço em jogada individual pela esquerda, com dois jogadores o marcando.
Já o cerebral James Rodríguez, após bela jogada pelo meio, deixou o lateral-direito Cuadrado, outro destaque da Cafetera neste Mundial, na cara do gol de Julio César, para não desperdiçar e marcar o seu.
E é no quesito gol que mais se sobressai a vantagem brasileira: são 55 tentos brasileiros contra 11 colombianos.
Mas, embora a Seleção tenha aplicado diversas goleadas no rival (um 9 a 0 em 1975 foi a maior delas), nem James Rodríguez nem Neymar eram nascidos na última vez em que isso aconteceu, isto é, em 1977, quando o Brasil de Zico derrotou a Colômbia por 6 a 0, nas Eliminatórias da Copas de 78.
Nesta Copa do Mundo no Brasil, a seleção colombiana, que já venceu países de quatro continentes na competição, já provou também que o chamado “peso da camisa” é cada vez mais discutível como critério de favoritismo no futebol moderno. Não por menos, a expectativa é de um jogaço na próxima sexta-feira. Que os deuses do futebol esteja conosco mais uma vez!
Caiu em Manaus
Muita gente não se lembra, mas Brasil e Colômbia já se enfrentaram em Manaus, nos idos do ano de 1995. O palco da vitória brasileira foi o saudoso estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão. Mais de 56 mil pessoas ocuparam as arquibancadas do Colosso do Norte para ver a vitória brasileira, de virada, com um gol de Carlinhos e dois do artilheiro Túlio Maravilha. Pareja descontou para a seleção chamada, carinhosamente, pelos colombianos de “Cafetera”.
O jogo, celebrado em 20 de dezembro daquele ano, marcou a reinauguração do antigo palco do futebol amazonense e foi o segundo maior público do estádio na época, perdendo apenas para o amistoso entre Fast Clube e New York Cosmos, de Pelé, Carlos Alberto, Romerito e companhia, com 56.950 pagantes.
O confronto é marcado como o quinto jogo com maior número de torcedores na história do futebol no Amazonas.
O goleiro da Colômbia naquela partida era Faryd Mondragon, que entrou para a história dos mundiais da Fifa nesta Copa do Mundo. Na última terça-feira, durante a partida contra o Japão, pela fase de grupos da Copa, Mondragon entrou em campo, estabelecendo uma nova marca na competição. Com 43 anos de idade, o arqueiro superou o camaronês Roger Millar como jogador mais velho a atuar numa Copa do Mundo.