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sexta-feira, março 29, 2024

Justiça manda Petrobras suspender demissões em fábrica de Araucária

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O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná determinou nesta terça-feira (18) a suspensão das demissões na Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras no Paraná, até a próxima audiência entre o sindicato que representa a categoria e a estatal, que irá ocorrer em março.

Em contrapartida, o Sindiquímica-PR (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Paraná) se comprometeu a cessar o movimento em frente à fábrica paranaense e solicitar o encerramento da greve nacional dos petroleiros, que está no 18º dia.

O fechamento da fábrica, com quase 1.000 funcionários (396 próprios e 600 terceirizados), é uma das principais pautas da paralisação. A FUP (Federação Única dos Petroleiros) informou que não há decisão sobre suspensão da greve e que o tema será avaliado em reunião nesta quarta (19).

Segundo a Federação, o movimento já tem adesão de 21 mil empregados. Há mobilizações em 121 unidades da estatal, entre plataformas de produção de petróleo, refinarias e terminais.

Eles também protestam contra mudanças em temas como troca de turno e pagamento de horas extras que, segundo eles, foram definidas sem negociação prevista no acordo coletivo.

Na audiência desta terça no Paraná, a Petrobras apresentou melhores condições aos funcionários que serão dispensados com o fechamento da fábrica no estado.

A proposta inclui aviso prévio indenizado, benefícios, como plano médico e odontológico, estendidos aos 144 empregados que seriam desligados já na última sexta-feira (14), pagamento proporcional de 40% da remuneração de dezembro, com acréscimo de meia remuneração ao final, com piso de R$ 60 mil e teto de R$ 210 mil.

Não satisfeito, o Sindiquímica-PR sugeriu a suspensão das demissões por 15 dias e a instalação de uma comissão de negociação de abrangência nacional para discutir a proposta, o que foi acatado pela desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista, presidente da audiência.

A associação afirma que, desde o anúncio da demissão em massa, em janeiro, não houve negociação coletiva, o que violaria um acordo coletivo de trabalho com a empresa.

A Ansa, fabricante de composto de fertilizantes da Petrobras no Paraná, protestou contra a suspensão das demissões, afirmando que os postos de trabalho não existem mais, já que a estatal optou pelo encerramento das atividades.

Na sexta-feira, dos 144 empregados convocados para a primeira etapa de demissões, apenas sete aceitaram o pacote oferecido pela empresa e assinaram os papéis de dispensa. Com a nova determinação, esta primeira fase de demissões também foi suspensa.

Na audiência, representantes da Ansa afirmaram ainda que devem convocar para o trabalho apenas os funcionários necessários para o processo de hibernação da fábrica e que os demais deverão aguardar as negociações em casa.

O sindicato pediu também que as tratativas ocorram no Rio de Janeiro, sede nacional da Petrobras, o que foi negado pela empresa, que prefere continuar as audiências em Curitiba.

Diretor do Sindiquímica, Alexandre dos Santos afirmou que a ideia agora é negociar com a empresa. “Para poder chegar no dia da audiência [em março] com algo palpável”, disse.

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