21.1 C
Araucária
segunda-feira, dezembro 2, 2024

Justiça manda Petrobras suspender demissões em fábrica de Araucária

Data

Posts da semana

Corpos de vigilantes que desapareceram após barco virar são encontrados

Os corpos dos dois vigilantes que desapareceram após o barco em que estavam...

Rua Iluminada da Família Moletta

A Rua Iluminada Família Moletta está pronta para receber...

Paraná tem alerta de chuvas intensas; Defesa Civil aponta região com maior perigo

O Paraná está sob alerta laranja de chuvas fortes em todas as regiões nesta...

O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná determinou nesta terça-feira (18) a suspensão das demissões na Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras no Paraná, até a próxima audiência entre o sindicato que representa a categoria e a estatal, que irá ocorrer em março.

Em contrapartida, o Sindiquímica-PR (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Paraná) se comprometeu a cessar o movimento em frente à fábrica paranaense e solicitar o encerramento da greve nacional dos petroleiros, que está no 18º dia.

O fechamento da fábrica, com quase 1.000 funcionários (396 próprios e 600 terceirizados), é uma das principais pautas da paralisação. A FUP (Federação Única dos Petroleiros) informou que não há decisão sobre suspensão da greve e que o tema será avaliado em reunião nesta quarta (19).

Segundo a Federação, o movimento já tem adesão de 21 mil empregados. Há mobilizações em 121 unidades da estatal, entre plataformas de produção de petróleo, refinarias e terminais.

Eles também protestam contra mudanças em temas como troca de turno e pagamento de horas extras que, segundo eles, foram definidas sem negociação prevista no acordo coletivo.

Na audiência desta terça no Paraná, a Petrobras apresentou melhores condições aos funcionários que serão dispensados com o fechamento da fábrica no estado.

A proposta inclui aviso prévio indenizado, benefícios, como plano médico e odontológico, estendidos aos 144 empregados que seriam desligados já na última sexta-feira (14), pagamento proporcional de 40% da remuneração de dezembro, com acréscimo de meia remuneração ao final, com piso de R$ 60 mil e teto de R$ 210 mil.

Não satisfeito, o Sindiquímica-PR sugeriu a suspensão das demissões por 15 dias e a instalação de uma comissão de negociação de abrangência nacional para discutir a proposta, o que foi acatado pela desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista, presidente da audiência.

A associação afirma que, desde o anúncio da demissão em massa, em janeiro, não houve negociação coletiva, o que violaria um acordo coletivo de trabalho com a empresa.

A Ansa, fabricante de composto de fertilizantes da Petrobras no Paraná, protestou contra a suspensão das demissões, afirmando que os postos de trabalho não existem mais, já que a estatal optou pelo encerramento das atividades.

Na sexta-feira, dos 144 empregados convocados para a primeira etapa de demissões, apenas sete aceitaram o pacote oferecido pela empresa e assinaram os papéis de dispensa. Com a nova determinação, esta primeira fase de demissões também foi suspensa.

Na audiência, representantes da Ansa afirmaram ainda que devem convocar para o trabalho apenas os funcionários necessários para o processo de hibernação da fábrica e que os demais deverão aguardar as negociações em casa.

O sindicato pediu também que as tratativas ocorram no Rio de Janeiro, sede nacional da Petrobras, o que foi negado pela empresa, que prefere continuar as audiências em Curitiba.

Diretor do Sindiquímica, Alexandre dos Santos afirmou que a ideia agora é negociar com a empresa. “Para poder chegar no dia da audiência [em março] com algo palpável”, disse.

- publicidade-

Economia