PMs que davam cobertura a casas de jogos de azar são presos em operação do Gaeco
Ao todo, estão sendo cumpridos 36 mandados de busca e 9 mandados de prisão em Curitiba, Ponta Grossa e Colombo.
O Ministério Público do Paraná cumpre na manhã desta quarta-feira (17), 36 mandados de busca e apreensão, nove mandados de prisão preventiva e um mandado de prisão temporária em investigação sobre organização criminosa envolvida com corrupção de policiais militares, prática de jogos de azar e lavagem de dinheiro. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa e pela Vara da Justiça Militar e resultam de investigação conduzida pelo Núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Entre os mandados de prisão preventiva, dois são contra policiais militares, e o mandado de prisão temporária tem como alvo um advogado da organização.
De acordo com o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, os policiais são de Curitiba. Eles davam cobertura às casas de jogos em troca de dinheiro. “Um dos policiais militares preso se aposentou este ano e outro está lotado na Polícia Rodoviária Militar. Eles recebiam dinheiro para informar e proteger os negócios desta organização”.
Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em 17 residências nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa e Colombo; um escritório de advocacia em Ponta Grossa, dois estabelecimentos comerciais em Ponta Grossa, um estacionamento pertencente ao chefe da organização criminosa em Curitiba, uma empresa de informática em Curitiba, seis casas de jogos em Ponta Grossa e oito casas de jogos em Curitiba.
As investigações tiveram início há pouco mais de um ano, como desdobramento de operação que fechou uma casa de bingo em Ponta Grossa.
“Estamos levantando o volume de dinheiro movimentado. Eles utilizavam várias contas bancárias, para não levantar suspeita, mas o grande volume era negociado em espécie, que é mais difícil de rastrear. Estamos levantando também o patrimônio dos envolvidos”, completou Batisti.
Os nomes dos presos não foram divulgados pelo Gaeco.
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