Os 4,5 mil taxistas de Curitiba poderão trabalhar de bermudas. A autorização foi formalizada pela Urbs nesta segunda-feira (10)
Apesar de ser considerada uma cidade com temperaturas amenas, típicas do clima serrano, os petropolitanos e visitantes estão surpresos com o calor que tem tem feito nos últimos dias.
As máximas chegaram aos 35º e muitas pessoas tiveram que recorrer à trajes mais leves para vestir durante a jornada de trabalho. O decreto 263, de 18 de dezembro de 2013 dispõe que taxistas estão autorizados para o uso de bermudões, calças e bermudas na altura do joelho. No entanto, enquanto os taxistas comemoram a permissão de roupas mais leves, os rodoviários sofrem com o uso do famoso uniforme social.
Carlos Afonso, 51, é taxista há 20 anos e aderiu à moda das bermudas. “Muito melhor poder usar uma roupa mais leve com esse calor quase que insuportável. Nem todos os carros possuem ar condicionado e, o trânsito por si só já é estressante, enfrenta-lo todos os dias com uma roupa pesada fica muito pior. Estou adorando”, comemora.
Paulo César da Silva, 50 também atua como taxista em Petrópolis há 20 anos e torce para que a permissão seja, um dia, permanente. “Além de desconfortável e incomodar, atrapalha nossa saúde. Fica feito também quando o passageiro entra no carro e vê o motorista todo suado, de mau humor por conta do calor. Dessa forma, com bermuda está muito mais fácil enfrentar esse calorão”.
Há ainda aqueles que gostaram da novidade mas, ainda não tiveram coragem de aderir ao uso. “Sou difícil mesmo. Acho que o taxista tem que manter uma postura mais séria e ainda não tive coragem de colocar bermudas, mas, achei muito bacana a iniciativa. Está muito calor e falta pouco para eu aderir à moda. Acho, inclusive, que poderiam deixar os motoristas usar também a camisa sem manga”, disse Nilton da Silva Neves, 67 anos, atua como taxista há mais de 30 anos.
Segundo a CPTrans – Companhia Petropolitana de Transporte, o decreto 263, de 18 de dezembro de 2013 dispõe que taxistas estão autorizados para o uso de bermudões, calças e bermudas na altura do joelho. Quanto aos rodoviários, a companhia informou que a medida nunca foi implantada no município e depende de solicitação do sindicato da classe.
“Realmente é um assunto que requer a atenção do sindicato. Nunca foi pensado isso porque nunca fizemos uma pesquisa com os motoristas sofre o fato. Mas, como sempre estamos pensando no bem estar da classe, é um assunto que deve ser discutido com os diretores do sindicato, donos das empresas e com os próprios motoristas. Levarei essa sugestão ainda essa semana para os demais diretores do sindicato”, afirma Paulo Pacheco, um dos diretores do Sindicato em Transporte Rodoviário de Petrópolis.
Ainda de acordo com Pacheco, o pedido deve ser solicitado à Prefeitura caso haja concordância entre as partes envolvidas. “Os uniformes foram modificados há pouco tempo. É necessário fazer uma pesquisa levando em consideração de que a vestimenta usada tem que ter postura, já que os motoristas têm esse trabalho de lidar com a população. No entanto, somos favoráveis à modificação e se todos concordarem, não vejo problema algum em fazer essa solicitação formal à CPTrans”, contou.
No Rio de Janeiro, a peça de roupa é permitida oficialmente nos dias oficiais de verão, de acordo com decretos que são renovados desde 2003. A partir de situações específicas de cada região, os titulares das secretarias e presidentes de empresas podem regulamentar o decreto. As bermudas, no entanto, devem ser na altura dos joelhos. Segundo o decreto n° 38211 de 18 de dezembro de 2013 “O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais, decreta no Artigo primeiro que fica autorizado o uso de bermudões, calças e bermudas na altura do joelho para os servidores municipais, motoristas de táxis, de ônibus, de vans e kombis credenciadas e trocadores de ônibus, a partir da data de publicação deste Decreto, até 31 de março de 2014.